Lembra-se
de ouvir alguma voz de um mudo por criação do mundo?
Ao soar de suas
vívidas emoções, me recordo do livre calor da chama que envolve o gesto do
aperto entre mãos.Não o aperto comum, mas aquele por onde se passa a chama.Ela
é uma chama plural,eterna e invisível em que o corpo sente, a mente interpreta
e a alma anota.
Assim
como ouvi a voz de quem não a possuía, vejo o esforço do reerguer de um homem
feito de areia. Sempre o vento a condicionar e se impor como prova e sempre o
tempo ensinando, solucionando e modificando qualquer ação do vento. Tão breve
são essas palavras é a duração desses gestos, porém, tão marcantes elas podem
ser como as consequências dos mesmos pequenos atos.
jpms