domingo, 5 de dezembro de 2010

Singelos



Dançam as crianças às margens do rio
Gargalham sem dó, pobres coitadas
Puras, ainda insistem em ser puras
Rodam, rodam, com as cabeças viradas para o sol
Alegres nem sabem,
que em um dia desses qualquer,
Irão sabotar umas com as outras
em direção além das margens do mesmo rio.

Fecham os olhos e abrem as mentes
Vagam heróis, monstros, sinos e doces
Queria eu que não as fossem levados
Os seus complexos gestos inocentes
Assim prosseguem sem descanço
Dançam as crianças pela última vez
Um último suspiro antes das corrupções de todos vocês.


                                                                                                                    JPMS